Por Eduardo Santos
Lá fomos nós, Cidadãos Comuns, participar de 02 dentre os mais de 80 festivais realizados dentro da rede Grito Rock 2010: uma cadeia de shows, promovidos em rede pelo Circuito Fora do Eixo.
Em Lavras o Festival aconteceu em 06 de fevereiro no Circuito Alternativo: um bar em forma de labirinto, em que as portas revelam novos espaços e estes novas portas, abertas uma após outra para abrigar o denso público daquela noite. Realizado pelo coletivo Matula Sonora (Matula segundo apurei, quer dizer caparunga, embornal, sacola, mochila ou algo parecido) o evento teve ainda os grupos: Manolos Funk (Vespasiano-MG), Buffalo (S. B. do Campo –SP), Aura (Divinópolis) e o Elephas, prata da casa.
A recepção foi muito boa tanto pela produção do coletivo quanto pelo público que acompanhou cada acorde de muito perto. O palco pequeno e próximo da platéia acrescentou inda mais calor ao show. Além disso, a galera já tava aquecida pelo suingue do Manolos que havia tocado antes do Cidadão. Público generoso: ouviu as letras, aplaudiu e dançou as músicas. Nossa participação se encerrou com alguns acordes mascados e algumas batidas atravessadas da batera, mas com a energia lá no talo! É o que importa!
Em Vespasiano, destaque para o trabalho de produção do Vatos. A técnica foi impecável: som, palco e iluminação: tudo de primeira! A estação da mesa de som - um susto: só a mesa digital: nada de potencias, efeitos, rack. Nada. Só a mesa e o operador! Pensei com meus botões: O que é a tecnologia digital XXI não é mesmo ?!!! O palco montado com treliças em formato de concha acústica dava o tom de grande evento ao festival, que aconteceria em dois dias. O espaço amplo da rodoviária municipal confirmava isso!
Lá pelas 19 horas começou o show com o Pop de impressionante precisão de Thiago Riquette, subimos logo na seqüência. Diferentemente de Lavras tudo era espaço em Vespasiano, mas o escasso público não interferiu na performance da banda.
Uma decisão arbitrária da polícia local fez com que fosse cancelado o segundo dia de show, o que prejudicou na divulgação do evento. Uma pena, pois o circo estava tinindo, mas a platéia deixou a desejar.
Depois do Cidadão Comum inda viriam The Hell’s Kitchen Project, que contou com a participação do DJ Yuga e o Manolos Funk, este último não pode se apresentar em sua própria casa porque o horário para o Grito estava esgotado. Contudo puderam mostrar um pouco do que viria em uma energética Jam com THKP que fechou a noite de rock. Na seqüencia viria um show de axé...
O público finalmente chegava...
O público de axé, é claro. Carnaval é carnaval!
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