segunda-feira, 1 de março de 2010

CIDADÃO COMUM NO GRITO ROCK 2010


Por Eduardo Santos

Lá fomos nós, Cidadãos Comuns, participar de 02 dentre os mais de 80 festivais realizados dentro da rede Grito Rock 2010: uma cadeia de shows, promovidos em rede pelo Circuito Fora do Eixo.

Em Lavras o Festival aconteceu em 06 de fevereiro no Circuito Alternativo: um bar em forma de labirinto, em que as portas revelam novos espaços e estes novas portas, abertas uma após outra para abrigar o denso público daquela noite. Realizado pelo coletivo Matula Sonora (Matula segundo apurei, quer dizer caparunga, embornal, sacola, mochila ou algo parecido) o evento teve ainda os grupos: Manolos Funk (Vespasiano-MG), Buffalo (S. B. do Campo –SP), Aura (Divinópolis) e o Elephas, prata da casa.

A recepção foi muito boa tanto pela produção do coletivo quanto pelo público que acompanhou cada acorde de muito perto. O palco pequeno e próximo da platéia acrescentou inda mais calor ao show. Além disso, a galera já tava aquecida pelo suingue do Manolos que havia tocado antes do Cidadão. Público generoso: ouviu as letras, aplaudiu e dançou as músicas. Nossa participação se encerrou com alguns acordes mascados e algumas batidas atravessadas da batera, mas com a energia lá no talo! É o que importa!

Em Vespasiano, destaque para o trabalho de produção do Vatos. A técnica foi impecável: som, palco e iluminação: tudo de primeira! A estação da mesa de som - um susto: só a mesa digital: nada de potencias, efeitos, rack. Nada. Só a mesa e o operador! Pensei com meus botões: O que é a tecnologia digital XXI não é mesmo ?!!! O palco montado com treliças em formato de concha acústica dava o tom de grande evento ao festival, que aconteceria em dois dias. O espaço amplo da rodoviária municipal confirmava isso!

Lá pelas 19 horas começou o show com o Pop de impressionante precisão de Thiago Riquette, subimos logo na seqüência. Diferentemente de Lavras tudo era espaço em Vespasiano, mas o escasso público não interferiu na performance da banda.

Uma decisão arbitrária da polícia local fez com que fosse cancelado o segundo dia de show, o que prejudicou na divulgação do evento. Uma pena, pois o circo estava tinindo, mas a platéia deixou a desejar.

Depois do Cidadão Comum inda viriam The Hell’s Kitchen Project, que contou com a participação do DJ Yuga e o Manolos Funk, este último não pode se apresentar em sua própria casa porque o horário para o Grito estava esgotado. Contudo puderam mostrar um pouco do que viria em uma energética Jam com THKP que fechou a noite de rock. Na seqüencia viria um show de axé...

O público finalmente chegava...

O público de axé, é claro. Carnaval é carnaval!